Contos Campestres

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Nada é mais sagrado numa família do que a honra dos seus membros, mas este tesouro chega a desbotar-se, por precioso que possa ser, e os que estão interessados em preservá-lo deverão fazê-lo encarregando-se eles próprios do papel humilhante de perseguidores das infelizes criaturas que os ofendem? Não seria razoável pôr em equação os horrores com que atormenta a sua vítima e esta lesão tantas vezes quimérica que se queixam de ter recebido? Qual, enfim, é mais culpado aos olhos da razão, umas moças fracas e enganadas ou um parente qualquer que, para se erigir em preceptora duma família, se torna o carrasco desta infortunadas? O acontecimento que vamos pôr sob os olhos dos nossos leitores fará, talvez, decidir a questão.

I -- Senhor Palomar e a sebe

O campo está levemente encrespadas e pequenas sebes vêm bater no bosque florido. O senhor Palomar encontra-se no bosque, de pé, e observa uma árvore. Não se pode dizer que esteja absorto na contemplação das árvores. Não está absorto, porque sabe muito bem aquilo que faz: pretende observar uma sebe e observa-a. Não está contemplando, porque para a contemplação é necessário um temperamento adequado, um estado de espírito adequado e um conjunto de circunstâncias externas adequadas: e apesar do senhor Palomar não ter qualquer questão de princípio contra a contemplação, nenhuma destas três condições se verifica no seu caso.

Finalmente, não são as "sebes" que ele pretende observar, mas uma única sebe e basta: querendo evitar as sensações vagas, estabelece para cada um dos seus atos um objetivo limitado e bem definido.

O senhor Palomar vê despontar uma sebe lá ao longe, vê-a crescer, aproximar-se, mudar de forma e de cor, enrolar-se sobre si própria, quebrar-se, desvanecer, refluir. Chegado a este ponto, poderia convencer-se de ter levado a cabo a operação que tinha decidido efetuar e poderia ir-se embora.

O senhor Palomar está cansado, andou muito se dedicou à vida a educação. Sabe que o tempo de vida na terra e curto, e merecem pequenos prazeres como andar nu com a sua pica à mostra, perder a porra que lhe resta à vontade.

Mas isolar uma sebe, separando-a da sebe que imediatamente se lhe segue e que parece empurrá-lo, e que por vezes a alcança e a arrasta consigo, é muito difícil; assim como separá-la da sebe que a precede e que parece arrastá-lo atrás de si em direção ao bosque, salvo quando depois, eventualmente, se volta contra ele, como que para se detiver quando se lembra, que por ali mora uma viúva com belas filhas conhecida de um amigo seu.

O senhor palomar traz consigo à carta com os desejos do amigo para à viúva, coisas tolas com lesão tantas vezes quimérica que se queixam de ter recebido? Sabe também que no fundo foi um ato canalha de ter recebido a tal missão enfim, é mais culpado aos olhos da razão por tê-lo aceito sem questionar. Chegado a este ponto, poderia convencer-se de ter levado a cabo a operação que tinha decidido efetuar e poderia ir-se embora, mas não! A viúva era uma mulher ainda nova e linda, madrasta das filhas do finado amigo. O senhor palomar chegou a procurar uma abadessa para ver se ela o faria se desvencilhar-se de tais ideias; mas apenas esta riu profundamente de sua pobre natureza humana.

De todos os desvios da natureza, o que a fez mais pensar, o que pareceu mais estranho a estes meio-filósofos que querem analisar tudo sem nada compreender, é este gosto estranho que mulheres duma certa construção, ou dum certo temperamento, conceberam por pessoas do seu sexo.

- Ah, como são bruscos estes homens que não gostam das mulheres! -- disse a abadessa. - - Ah! Não acredito muito nas suas máximas.

- A sua tolice, sente-se então muito aborrecido por me ter encontrado?

- Não digo tanto, mas não é verdade que podíamos ambos ter achado infinitamente melhor em outros tempos? Ah quanto tempo perdido com educação de jovens!

- Mas na cidade é essa a educação que nos mandam ensinar.

- No campo não senhor Palomar, muito menos no convento. A virtude são os desvios da natureza, o que a fez mais pensar, o que pareceu mais estranho a estes meio-filósofos que querem analisar tudo sem nada compreender. Creia em mim, reescreva este tolo testamento.

- Como reescreve-lo?

- No convento temos um senhor que é ótimo em imitações. Seu amigo defunto era dono de muitas sebes. Deixe um quinto para nós salvarmos as pobres almas. Temos no convento irmãs que calharam na educação. É claro, e desculpe-me o termo pouco santificado, de que quando se começa a perder porra não se pode simplesmente parar o processo.

- Vou retirar-te o poder, anjo divino -- disse o Senhor Palomar. -- Minha consciência calha mais alto, mas a cabeça de baixo sabe que a virtude são desvios da natureza. Ah quanto tempo perdido com educação de jovens! Meu finado amigo deve estar se remoendo no caixão; mas será que também foi virtuoso profundamente de sua pobre natureza humana. Para ter tido tantas sebes deve ter explorado ao seu modo muitas pessoas. Eu nunca passei de um professor cafetão dedicado em ensinar as letras e as virtudes da boa educação. Não tenho onde cair no fim de minha jornada e será que minha virtude era apenas um desvio social?

- A sua tolice está em questionar-se, sente-se então muito aborrecido por me ter encontrado? Aposto que não!

- como tem poder, anjo divino. -- não conseguindo mais esconder a cabeça de baixo de forma respeitosa a uma abadessa.

- tens um belo instrumento! A sebe onde mora essa família é afastada, e todos poderão com cuidados aplicados a perder porra à vontade. É claríssimo que não aceitamos libertinagens, por isso haverá regras a serem seguidas pelas mulheres. Embora muito antes da imortal Safo e depois dela não tenha havido uma só região do universo nem uma única cidade sem nos oferecer mulheres com este capricho e embora, perante provas de tal força, parecesse mais razoável acusar a natureza de singularidade do que estas mulheres de crime - fala com ar materno, quase pueril de santa. -- Dei-me a carta. Você chegará sozinho a sebe. Se houver problemas, uma pessoa estará de sobreaviso para que possamos intervir com descrição. As viúvas geralmente procuram os curas para aconselharem-se. O cura dessa região é meio virtuoso, o pulha, mas tem receio de ser transferido para algum país distante, logo cuidarei para que não interfira uma vez, que há doações para madre igreja, e os desejos do morto devem ser seguidos a contento. -- sorrindo. -- Se o cura for tolo de interferir em minhas decisões sofrerá às consequências graves, podendo até padecer de alguma queda imprevista.

- como tem poder, anjo divino. -- não conseguindo mais esconder a cabeça de baixo de forma respeitosa a uma abadessa, que pega seu instrumento celestial fazendo horar aos anjos mais contritos com às mãos. -- A carta é sua anja divina!

Se, além disso, se considerar cada vaga no sentido do comprimento, paralelamente ao bosque, é difícil estabelecer até onde a frente que avança se estende com continuidade e onde se separa e se segmenta as sebes individualizadas, distinguíveis pela velocidade, forma, força, direção.

Como aquilo que o senhor Palomar pretende fazer neste momento é simplesmente ver uma sebe, ou seja, colher todas as suas componentes sem descurar nenhuma delas, o seu olhar deter-se-á no movimento da sebe que bate na encosta, até poder registrar aspectos ainda não recolhidos anteriormente; assim que se aperceber de que as sebes se repetem, saberá que viu tudo o que queria ver e então poderá parar, uma vez, que viu uma pessoa trazendo os documentos prometidos pela abadessa.

Homem nervoso, vivendo num mundo frenético e congestionado, o senhor Palomar tende a reduzir as suas relações pessoais com o mundo exterior e para se defender da neurastenia generalizada, procura, tanto quanto possível, manter as suas sensações sob controle, mas sabe que tal virtude é detestável.

Será que o verdadeiro resultado a que o senhor Palomar está a chegar é o de fazer correr as sebes em sentido oposto, o de inverter o tempo, o de apreender a verdadeira substância do mundo, para lá dos hábitos Sensoriais e mentais? Não, ele chega apenas até ao ponto em que se experimenta um ligeiro sentimento de vertigem, nada mais.

Só se conseguir lembrar-se do conjunto de todos os aspectos é que poderá iniciar a segunda fase da operação: caminhar contrito para a sebe da família do finado amigo como se estivesse carregando uma missão difícil de ser realizada por uma pessoa como ele.

A obstinação que impele as sebes em direção à oposta acabe por vencer: de fato, as sebes cresceram enormemente. Será o vento que está a mudar? Que desgraça seria se a imagem que o senhor Palomar conseguiu minuciosamente construir se baralhasse e se quebrasse e se dispersasse por causa da falta de virtude de apenas entregar uma carta entediante à uma viúva.

Bastaria não perder a paciência, o que não tardaria a acontecer. O senhor Palomar afastar-se pelo bosque afora, com os nervos tão tensos como quando chegara, e ainda mais inseguro acerca de tudo, mas é impedido por uma pessoa, que o ameaça denunciá-lo as autoridades de se aproveitar da família do finado se não começar imediatamente sua missão de entregar à nobre incumbência à família. Ah, como tem poder aquele anjo divino da abadessa, que consegue deferi-lo de sua verdadeira virtude de educador.

II -- O Senhor Palomar encontra à virtude

O reflexo aparece no bosque quando o sol desce: uma mancha ofuscante estende-se a partir do horizonte até à encosta, feita de miríades de cintilações ondulantes; entre uma cintilação e outra, o azul opaco do céu ensombra a sua caminhada.

As árvores brancas, em contraluz, tornam-se negras, perdem consistência e encolhem, como se tivessem sido consumidos por todas aquelas salpicadas resplandecentes é quando ele vê a bela viúva a distância.

Enquanto o sol desce em direção ao ocaso, o reflexo branco e incandescente vai-se tingindo de ouro e de cobre. E, para onde quer que o senhor Palomar se desloque, é sempre ele o vértice daquele triângulo dourado; a espada da virtude segue-o, apontando-o como um ponteiro de relógio que tem por centro o sol.

"É uma homenagem pessoal que o sol me faz a mim pessoalmente", sente-se tentado a pensar o senhor Palomar, ou antes, o eu egocêntrico e megalômano que nele habita. Mas o eu depressivo, ou masoquista, que coexiste com o outro no mesmo invólucro, objeta: "Todos aqueles que têm olhos podem ver este reflexo que me segue; a ilusão dos sentidos e da mente mantém-nos sempre a todos os prisioneiros da virtude"; pensando consigo suas abstrações educacionais e cientificas enquanto caminha para a viúva.

Uma mulher jovem está estendida numa cadeira de troncos de nogueira, apanhando sol. Palomar, homem discreto, volve o seu olhar para o horizonte. Sabe que em semelhantes circunstâncias, quando um desconhecido se aproxima, as mulheres, geralmente, apressam-se a ocultar-se, e isso não lhe parece bem: porque é aborrecido para a viúva que apanha sol tranquilamente; porque o homem que passa sente que importuna; porque o tabu fica implicitamente confirmado; porque as convenções não inteiramente respeitadas propagam a insegurança e a incoerência no comportamento, em vez da liberdade é da franqueza dele diante da situação da qual não pode mais retornar ou mesmo titubear que seja uma farsa criada pela abadessa.

Por isso, assim que vê aparecer à distância a nuvem brônzeo-rósea de um torso nu feminino, apressa-se a colocar a cabeça de molde a que a trajetória do seu olhar permaneça suspensa no vazio, como garante do seu respeito cívico pela fronteira invisível que circunda as pessoas ao apresentar-se distintamente como um nobre educador à mando da memória do falecido marido da viúva ao entregar-lhe à carta.

Em suma, o seu não olhar pressupõe que está a pensar naquela nudez, que se preocupa com ela, o que no fundo é ainda uma atitude indiscreta e retrógrada para alguém destinado à nobre missão de ajuda-la a educar as enteadas aos nobres virtudes do sexo.

O senhor Palomar, que esperava pelo menos um sinal de reverência admirada ao nome do finado, ficou mortificado mais pelo tom do que pelo conteúdo do discurso. Depois tratou de refletir sobre as palavras que a viúva lhe dissera, porém para negá-las de novo dentro de si e manter vivo seu entusiasmo.

— Mas, senhora, não é com superintendências que me preocupo, a memória do senhor meu finado amigo me compreende, é porque me preocupo se vou manter na educação a coragem que sinto, a sanha que daria para educar não apenas um mas cem infiéis, e também meu conhecimento de filosofia e ciência e moral valentia, pois sou bem adestrado há anos nos mais gabaritadas instituições de ensino, sabe? Mas, no meio daquela grande confusão, antes de jazer no chão, não sei... Se não encontrar aquele homem sem cumprir minha missão, se fugir de mim, gostaria de saber como se faz num caso destes, diga-me, senhora, quando na educação está em causa uma questão nossa, uma questão absoluta para nós e só para cada um de nós... A memória de vosso finado marido.

__ Vivo nessa casa como num convento, deduzindo coisas de velhos documentos, de conversas ouvidas no parlatório e de alguns raros testemunhos de gente que por lá andou. Nós, viúvas, temos poucas ocasiões de conversar com pessoas de tanta educação: e, assim, o que não sei, trato de imaginar; caso contrário, como faria? E nem tudo da história está claro para mim. Vocês vão me desculpar: somos moças do interior, ainda que nobres, tendo vivido sempre em retiro, em sebes perdidas; excetuando-se funções religiosas, tríduos, novenas, trabalhos de lavoura, debulha de cereais, víndimas, não vimos nada. O que pode saber do mundo uma pobre viúva? Portanto, prossigo penosamente esta missão que começarei a viver como penitência. Agora só Deus sabe como farei para contar as meninas da vontade ilibada do meu nobre marido, eu que da educação severa, Deus nos livre, sempre fiquei afastada dos vícios. Peço-lhe apenas se posso consultar-me com o cura que é meu confidente.

__ Antes de qualquer atitude é a coisa mais certa para que não nos percamos na virtude de uma má educação, e uma consciência fraterna divina. -- fala respeitosamente o senhor Palomar.

Regressando do seu passeio, Palomar volta a passar diante daquela viúva, e desta vez mantém o olhar fixo à sua frente, de modo a que este aflore com uma imparcial uniformidade a espuma das árvores que recuam os cascos das aves postas em seco, da pródiga lua cheia de pele mais clara com a auréola castanha do mamilo, o perfil na encosta na bruma que contrasta, cinzenta, contra o céu.

Aí está - reflete ele satisfeito consigo próprio, prosseguindo a sua caminhada - consegui fazer com que a carta fosse completamente absorvida pela viúva e com que o meu olhar não tivesse mais peso do que o olhar de uma gaivota ou de um badejo.

Mas será verdadeiramente justo proceder assim? - reflete ainda Palomar. - Ou não será isso rebaixar a pessoa humana ao nível das coisas, considerá-la um objeto e, o que é ainda pior, considerar como um objeto aquilo que na pessoa é específico do sexo feminino? Não estarei eu talvez a perpetuar o velho hábito da supremacia masculina, enquistada através dos tempos numa insolência rotineira?

Volta-se e regressa sobre os seus próprios passos. Agora, ao obrigar o seu olhar a percorrer a sebe com imparcial objetividade, procede de modo a que, virtude da mulher entre no seu campo visual, e a vontade de sua pica se note uma descontinuidade, um desvio, quase um sobressalto.

Tanto deveria bastar a carta para tranquilizar definitivamente a viúva solitária quanto a confessar-se com o cura e para desembaraçar o ambiente de ilações deslocadas, mas sabe que é o peso-morto de uma tradição de maus costumes não permite que se apreciem com a devida justiça as intenções mais iluminadas para se educarem uma família de moças conforme à vontade do divino anjo do poder da abadessa, pois elas terão que verter porra e os cús e xoxotas serem explorados a reveria como em toda boa educação deste tipo conclui amargamente o senhor Palomar tocando discretamente uma bronha quando é interrompido por uma freira que o adverte que tais atitudes solitárias são proibidas pegando-lhe a pica e terminado o serviço por ele. A freira lhe passa o sermão que esse deve conter tais atitudes até que se consuma o contrato de educação.

Creio que assim a minha posição resulta bem clara - fala Palomar a freira - sem qualquer possibilidade de haver mal-entendidos. E, no entanto, esta bronha não poderia acabar por ser entendido como uma atitude de superioridade, um subestimar daquilo que é uma nobre educação daquilo que ele significa como educador, colocando-o, de algum modo, à parte, à margem, ou entre parêntesis?

Lá estava senhor Palomar outra vez a relegar sua missão para a penumbra em que foi mantido por séculos de pudicícia sexomaníaca e de pecado de concupiscência sabendo que também ele terá missão difícil...

III -- O Senhor Palomar e a nobreza da virtude

A viúva interroga-se sobre o que seria o mundo sem ela: o mundo ilimitado de antes do seu nascimento, e o outro, bem mais sombrio, de depois da sua sorte; tenta imaginar o mundo de antes que olhos fiquem comandando sua vagina, de antes de qualquer olho ou mão vizinha; e num mundo que o amanhã se tornasse piedoso na sequência de sua catástrofe ou de uma lenta corrosão das tradições mais divas e divinas. Que acontece se o cura não apoiá-la (aconteceu com a moral redentora, acontecerá quando se vir cativamente nua) nesse mundo cuja educação não está a serviço da sevícia, pois sua boceta cu agora terão outro destino por meros desejos de um defunto?

Um dardo de luz parte do sol, pontual, reflete-se no bosque calmo, cintila no tremor da viúva, e eis que a matéria se torna receptiva em relação ao sexo, que se diferencia em virtude transformando-se em xoxotas e cus divos, e que, num abrir e fechar de olhos, uma multidão de olhos floresce, ou refloresce nos corpos delas. Que acontece agora (aconteceu com à vontade do seu finado marido, acontecerá o que com as enteadas que sonhavam outro destino) nesse mundo cuja educação está a serviço da sevícia, pois sua boceta cu agora terão outro destino se o cura não a ajudar?

Pensando bem pensa a viúva, tal situação já não é nova: durante milhões de séculos, os raios do sol pousavam sobre as vaginas, antes de existirem olhos capazes de recolhê-los em casta forma retirando o dedo que rebrilhou com o suco de sua vagina que dando um passo a frente, enfiou o dedo em sua boca.

A viúva anda debaixo do bosque; reemerge; lá está a espada que a salvará do destino servil! Um dia, um olho sagrado saiu do bosque, e a espada divina, que já estava lá à sua espera, pôde por fim exibir-se em toda a elegância da sua ponta aguda e do seu cintilante esplendor diante do cura que a salvará. Tinham sido feitos um para o outro, o olho sagrado e a espada divina: e talvez não tenha sido o nascimento do olho sagrado que fez nascer à espada divina, mas antes o inverso, já que a espada divina não podia prescindir de um olhar sagrado que a olhasse do seu vértice revelador e redentor pensava consigo a viúva quando viu a rustica capela. O cura admira a virtude da viúva, sabe que ela não é viciosa, mas muito honrosa, mas sabe se tomar o partido dela estará condenado ao degredo.

Há duas virtudes na moral: espada e escudo. Claque! Claque! As carapaças batem uma na outra. É a estação das guerras. O senhor cura, sem ser visto, espreita. O senhor cura empurra a viúva de lado com conservas fraternas e conselhos ardorosos, ao longo do degrau do passeio. Parece que o cura resiste aos caprichos da abadessa, ou pelo menos se opõe numa imobilidade um tanto ou quanto inerte. O senhor cura é mais pequeno e ativo, dir-se-ia mais jovem de ideais. Tenta montá-la várias vezes de nobres ideais, por detrás, mas o dorso da carapaça da abadessa é inclinado e ele escorrega com sermões serviçais de esperança. Dá-lhe uma esperança dela aparecer dali um mês para se confessar então será o fiel guardião da espada divina.