Contos Campestres

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A viúva sorri feliz, diz que um mês passa logo, que seus temores não passaram de baboseira, que fingirá colaborar com a situação para não criar problemas com o testamento. O senhor cura sabe das regras, uma vez, depilada a xoxota esta perde às prerrogativas sacerdotais de fiel, não estando mais ao alcance de suas mãos, mas não lhe diz nada. Parece agora ter encontrado a posição ideal o senhor cura. Ataca com sermões ritmados, entremeados por pausas; a cada sermão emite um suspiro, quase um grito. A viúva tem as lanças dianteiras espalmadas no coração, o que a leva a soerguer a boca triste num sorriso de grada esperança.

O problema que existe com estas carapaças da espada e escudo é que não há onde agarrar e de resto as patas atadas do destino que não conseguem agarrar nada. Ao ver a viúva distante seguir seu caminho no bosque vê a espada gentil de suas pernas em riste passando a observar uma jovem trepada numa escada na capela expondo a xoxota, oculto este resta ao senhor cura homenageá-la com a contrição mais criva.

O senhor Palomar tem sorte numa coisa: passa a missão numa sebe onde cantam muitos pássaros.

Enquanto se encontra estendido numa cadeira de repouso e "trabalha" (de fato, tem ainda sorte numa outra coisa: poder dizer que trabalha em lugares e posições que se diriam do mais absoluto repouso; ou melhor dizendo, tem esta luz: sentir-se obrigado a não parar nunca de trabalhar, mesmo quando está estendido sob as árvores, numa manhã de Agosto) as mulheres, invisíveis entre as cenas, espalham à volta dele um repertório das mais variadas expressões sonoras, envolvem-no num espaço acústico irregular, descontínuo e requebrado, mas dentro do qual se estabelece um equilíbrio entre os vários sons, nenhum dos quais se eleva acima dos outros em intensidade ou frequência, e todos se entrelaçam num enredo homogéneo, que não é interligado pela harmonia, mas antes pela leveza e transparência. Até ao momento em que, na hora de maior calor, feroz acaba por impor o seu domínio absoluto sobre as vibrações do ar, ocupando sistematicamente as dimensões do tempo e do espaço com o murmuro ensurdecedor e ininterrupto das mulheres.

__ as freiras nos vêm visitar hoje.- fala senhor Palomar.- Não, oponho-me a tal ansiedade. Tenham juízo, Se esporrar terá diminuído a atividade do seu espírito e suas dissertações perderão o calor. -- a enteada acariciando os testículos __ Nossa freira resiste aos meus desejos! E essas bolas para que servem? Como se chamam?

__ palavra técnica é culhão, a artística é testículo. Esses bagos contém o reservatório da semente prolífera na qual falei, é a ejaculação dentro da matriz da mulher que produz a espécie humana; mas deixemos essas minúcias que mais pertencem à medicina do que à libertinagem. Uma linda mulher só se deve ocupar em foder e nunca em gerar.

__ Querida irmã, como é possível que esse membro enorme, que eu mal consigo abarcar com a mão, possa penetrar, como você me afirma, num orifício tão minúsculo como o do traseiro? Que dor horrível deve causar a uma pobre mulher!

__ meninas quando a mulher ainda não está acostumada sente muita dor, quer a introdução se faça pela frente ou por detrás. A natureza se compraz em nos fazer chegar à felicidade pelo caminho doloroso, mas uma vez a dor vencida, nada mais delicioso do que o prazer. A introdução do membro no cu é incontestavelmente preferível a tudo, mesmo à introdução bocetal. Além disso, quantos perigos evita à mulher, que arrisca menos a saúde e não corre perigo de engravidar. Neste momento não me quero alongar nessa volúpia, pois nosso mestre a analisará inteiramente, juntando a prática à teoria, e estou certa de que ficarão convencidas, minhas caras, que de todos os prazeres, é o que se deve preferir. -- fala a viúva. - Ah, canalha, vê-se de que lado se inclinam seus prazeres e suas preferências!

__ Poderá haver no mundo algo comparável? Onde teria o amor seu mais divino altar? Que carícias mais doces caiam sobre ele, com todo o arroubo!

__ Basta, libertino. Não se esqueça que tenho a primazia, somente depois que eu receber suas homenagens é que lhe darei recompensa. Pare com esse ardor pois, do contrário, me zangarei.

__Safadinha, não é necessário tanto zelo! Pois bem, dê-me seu cu que lhe renderei as mesmas homenagens. Também é lindo, meu anjo, e delicioso. Quero compará-los, admirá-los ao mesmo tempo um junto ao outro, corno Ganimede ao lado de Vênus!

A viúva não consegue chegar a uma classificação menos genérica: não é uma daquelas pessoas que ao ouvir um canto sabem reconhecer a que xoxota pertence. Vive esta sua ignorância como se fora uma culpa. O novo saber que o género humano vai adquirindo não compensa o saber que se propaga apenas pela transmissão oral direta, o qual, uma vez perdido, nunca mais se pode readquirir e retransmitir: nenhum livro pode ensinar aquilo que apenas se pode aprender na influencia, se se entrega o ouvido e o olho atentos ao canto e ao canto das xoxotas e se encontra então alguém que pontualmente lhes saiba dar um nome.

A sala estava mergulhada em silêncio e em tensão; era provável que nenhuma das duas falasse há algum tempo. Fora da janela um ramo quebrou-se ao peso com um estalo forte. Ela pôs o breviário de lado e levantou-se para se dedicar a oração.

Imediatamente ela começou a protestar. "Ah, aquela oração horrível não, pelo amor de Deus!" Ela ignorou-a, continuando com o que estava fazendo. Começou a rezar. Era uma oração que a abadessa tinha dado, com canto das lêmures. A viúva parecia uma oração deliciosa, misteriosa, mágica. Para jovem era aparentemente uma espécie de tortura, pois ela cobria a ouvida com as mãos, fazendo caretas às notas mais aguda, mostrando-se mais e mais perturbada. Quando a oração acabou e ela retornou-o outra vez, sem uma pausa, ela gritou como se ele tivesse acabado de lhe bater. "Não! recuso-me a ouvi-lo de novo", e num gesto impulsivo avançou sobre á viúva tão abruptamente que a voz morreu num gemido dolorido.

Ela olhou ao redor, desesperada. Estava completamente cercada pelas imensas sebes, que pareciam se tornar fluidas pelas explosões de luz ofuscante, de tal forma que elas constantemente mudavam de aspecto, avançando em torrentes esverdeadas,

do tamanho de oceanos a despencarem-se de todos os lados sobre o mundo condenado. Para onde quer que se volte ela via o mesmo círculo ameaçador, muros de sebe que se erguiam, com ondas colossais prestes a se despencarem sobre ela.

Transida pelo horror que emanava cega pelo brilho da luz cristalina, ela sentia que se tornava parte da fantasia, sentia que se integrava à estrutura do prado. Ela resignou-se ao triunfo das pradarias e à morte de seu mundo; aceitou como parte de seu destino o mundo morto, reluzente, tremeluzente de sua xoxota.

Quando ela perguntou "Posso descansar?" sua voz tinha um tremor patético. Ela franziu a testa e mirou sua xoxota, antes de pousar o consolo. "Está certo. Por enquanto chega. Pode descansar." Ela desfez os fios, que deixaram marcas vivas na carne branca. Ela movia-se como que entorpecida pelo cansaço, quase sem conseguir abrochar a xoxota, e isto parecia aborrecê-la, pois viúva deu-lhe as costas, com uma expressão irritada no rosto.

Ela olhava-o nervosamente, com a boca meio aberta, mãos que não paravam de tremer. Como de hábito, viúva usava uma saia cortada que dava para ver a xoxota. Era de noite e a geada caía forte. Ela tinha um breviário em sua mão, ela não estava fazendo nada. Ela parecia triste e com cansaço.

Sentou-se na cama, olhando seu rosto no espelho enquanto ela penteava seu cabelo, observando o lustre suave da esplêndida cascata de cabelos brilhantemente claros, despencando-se como prata sobre seus ombros. Ela inclinou-se para ver-se melhor e o espelho refletiu o início de seus pequenos seios. Observando subindo e descendo com sua respiração; aproximou-se e colocou-se de pé por trás dela, rodeando-a com seus braços e cobrindo seus seios com suas mãos.

Ela procurou afastar-se. Para não ver sua expressão assustada em seu rosto. Ela continuava a resistir e sentiu um impulso de fazer certas coisas; preferindo deixá-la Então a puxou-a para mais perto. Ela procurou desvencilhar-se, gritou: Não! Deixe-me. Eu a odeio! Você é cruel e traiçoeira... Você engana as pessoas, quebra suas promessas!

A viúva pressionou seus lábios com os dela, enquanto recolhia seu ofego sobressaltado, quando ela a tocou com a ponta da língua quando alcançou a sua. Ela jogou para trás sua cabeça, mas ela a sustentou com cuidado, sondando cada oco acalorado de sua boca brandamente com a língua, antes de encaixar os lábios totalmente sobre os seus. Ela subiu pela cama e se pôs de quatro sobre ela, com sua xoxota ao alcance da língua dela e o consolo dela ao alcance de sua boca.

-- Que coisinha mais delicada é sua bucetinha! E tão perfumada! -murmurou, passando os dedos com adoração na vulva graciosa e molhada.

-- A língua! -- pediu ela, trêmula de desejo.

Ela enterrou, então, sua língua na xoxota dela, buscando a fonte mais profunda do sabor, a origem do néctar que adocicava seus lábios. A carícia foi intensa e prolongada, pondo-a frenética e extasiada.

A boca ardente buscou a ponta do consolo. A língua hábil e morna se estendeu, penetrando entre a glande e o prepúcio, girando.

-- Gostoso? -- indagou ela e sua boca se abriu, sugando o consolo para o seu interior.

A sucção e os movimentos de sua língua entonteceram-no. Ela se agarrou às coxas dela, sugando com ardor sua buceta, lambendo o clitóris, mordiscando-se cuidadosamente. Suas mãos escorregavam pelas pernas dela, numa carícia longa e vibrante.

Gemia. Sua respiração entrecortada revelava toda a paixão que explodia em seu corpo, arrancada pela língua. Ela retribuía, sugando avidamente o consolo em sua boca.

Seus corpos se esfregavam. Lenta e habilmente penetrou seu dedo médio na xoxota dela, buscando o ponto mais sensível, até encontrá-lo. Quando massageou lhe o ponto G, sentiu o ar faltar em seus pulmões.

-- O que é isso? O que você está fazendo? -- surpreendeu-se ela, experimentando sensações que nunca havia sentido antes.

Ela percebeu claro. É sentiu o cheiro, sem querer tocou um pouco lá embaixo e sentiu o molhado. Escorreu e molhou o lençol. Escorria pelas pernas, os bicos dos seios estavam duros como Pedra. Foi subindo um pouco, levantando um pouco a bunda. Não sabia o que estava fazendo, estava totalmente fora dela... Fui se levantando um pouco assim também para abrir um pouco as pernas para se refrescar.

Ela voltou em seus braços, surpreso quando ela foi de boa vontade. Os olhos luminosos faiscaram, como as gemas verdes encontradas nas covas fora das paredes. Seus lábios eram cheios e tentadores, e seu cabelo, agora se derramava em macias ondas douradas sobre seus braços, frisando-se nas pontas. Ela enredou os dedos nas cordas de seda e, tocando seu pescoço, atraiu-a para pousar sua boca na dela. As duas se beijaram, a viúva disse-lhe palavras suaves, doces ao silvar os ouvidos refazendo as promessas. A enteada parecia estar em estado de catalepsia, a anterior gata montês agora era uma gatinha quase domada, beijando com devoção o clit da viúva, que gélida lhe explicou-lhe as regras.

A enteada queria morrer como a virgem de Dognelle? Não. As oportunidades de ter um homem eram uma entre muito poucas e como que era, era exigido que tomasse um companheiro para procriar um herdeiro. Nenhum dos homens em Dognelle tinha o fogo, a força e inteligência que necessitava de um companheiro. Ela não se conformaria com nada menos que um homem que fosse seu igual. Ela procurou o seu professor Palomar que a aconselhou ser sempre sincera, que a viúva procurava o bem delas. Em troca, ela examinou o corpo dele da cabeça aos dedos dos pés, observando as calças molhadas que se agarravam às pernas, desenhando perfeitamente sua ereção. Ela engoliu com força ante seu tamanho. Comprido e grosso, mais do que seu corpo poderia aguentar, disso estava segura. Depois foi dormir.

Entre todos os cantos das xoxotas, destaca-se o assobio do clit, que não se confunde com nenhum outro. Os clicts chegam ao fim da tarde: são dois, por certo um casal, talvez o mesmo do ano passado, de todos os anos por esta época. Todas as tardes, ao ouvir um assobio de chamada, em duas notas, como se fosse uma pessoa que quer assinalar a sua chegada, a viúva senhor levanta a cabeça para ver quem é que o está a chamar; depois lembra-se de que é a hora dos clits. Não tarda a entrevê-los: caminham sobre o prado, como se a sua verdadeira vocação fosse a de bípedes terrestres e se divertissem a estabelecer analogias com o homem.

__ E você que não gostava de xoxotas. -- fala Palomar.

__ agora aprendi a admirar.- fala a viúva. -- eu estou preocupada são com os consolos anais. Os cus são muito jovens, mas eles ajudam no licor das xoxotas.

__ Psiu! - faz o senhor Palomar, aparentemente para impedir que a viúva as assuste falando em voz alta; mas na realidade para contestar a vantagem da mulher, demonstrando uma atenção pelas xoxotas muito maior do que a dela.__ você sabia que o jardineiro tem uma bela filha, que ele está quase à morte?

__ três xoxotas é demais para mim. Cada uma merece atenção especial, mas também não podemos deixar uma pobre xoxota sozinha.

__ o safado gosta de uma bronha escondida!

__ Pervertido!

__ Irei procura-lo com uma proposta! -- se vestindo, e partindo.

Em redor da casa do jardineiro existe um prado. Não se trata de um sítio onde, naturalmente, devesse haver um prado: logo, o prado é um objeto artificial, composto por objetos naturais, isto é, ervas. O prado tem por fim representar a natureza e esta representação faz-se substituindo a natureza própria daquele lugar por uma natureza que é em si mesma natural, mas que é artificial em relação àquele lugar, Em suma: custa. O prado exige despesa e fadigas sem fim: para ser semeado, regado, estrumado, cortado, e o jardineiro está um pouco cansado, então vê na proposta do senhor Palomar uma alternativa. Este o apresenta a filha dizendo que ela pode ter total confiança nele sem saber que esta conduzindo à filha ao caminho de uma outra virtude.

De presente o senhor Palomar dá ao jardineiro uma garrafa de vinho para celebrarem, este observa uma atitude muito nobre tomando o vinho da garrafa com ele, quando percebe que esse está bêbado coloca uma planta na bebida dele. No dia seguinte amanhece morto, a filha chora enormemente a perda, o senhor Palomar oferece de cuidar dos ritos funerários pessoalmente convencendo-a a ir com ele. Esta pede para levar a roupa na mala, este diz que mandará levá-la depois colando o corpo numa carroça. Senhor Palomar pede que ela o espere em casa partindo para enterrar o jardineiro com ritos funerários, mas logo que vê um poço abissal o joga lá. Na volta ele dá um elixir a jovem; indo buscar a viúva. Na volta a pegam tocando uma bela e longa xixirica. A viúva se faz horrorizada com a situação, dizendo à jovem que esta está gravemente doente que a levará para ajuda-la.

Perto da casa da viúva esta a despe, e diz para que durma numa casinha próxima a sua. Diante da situação o senhor palomar está com a pica em riste, esta a pega pela mão, diz a ele que esta admirada com a xoxota da filha do jardineiro, se a der a ela intercederá junto à abadessa para que ele não tenha tarefas tão severas. O senhor Palomar chora de emoção, deixa que das brumas do seu monólogo interior emerjam vagos sons articulados, esperando que deles possa resultar, se não a evidência de um sentido completo, pelo menos a penumbra de um estado de alma.

O senhor Palomar espera sempre que o silêncio contenha alguma coisa mais do que aquilo que a linguagem pode dizer. Mas se a linguagem fosse realmente o ponto de chegada para que tende tudo aquilo que existe? Ou se tudo aquilo que existe fosse linguagem, logo desde o início dos tempos? Nesta altura o senhor Palomar volta a ser assaltado pelo prazer de sua pica gozar. A abadessa chama a viúva para a responsabilidade de ter de cuidar de três xoxotas, que estas deverão estar sempre prontas para o uso, no fundo o senhor palomar é entediante como pessoa. Tendo marcado este ponto a seu favor, a abadessa afasta-se depois da viúva ter jurado e beijado sua xoxota. As jovens debicam no prado e por certo consideram o diálogo como o equivalente de adultos.

Alice estava começando a se cansar de ficar ali sentada, não ter nada que fazer: uma ou duas vezes espiara o livro que estava lendo, mas não tinha figuras nem diálogos, "e para que serve um livro", pensou Alice, "sem figuras nem diálogos?"

Assim, meditava com seus botões (tanto quanto podia, porque o calor aquele dia era tal que ela se sentia sonolenta e entorpecida) se o prazer de fazer uma guirlanda de margaridas valeria o esforço de levantar-se e colher as margaridas, quando de repente um coelho branco com olhos rosados passou correndo perto dela. Era sua madrasta que o segurava. Não havia nada de tão notável nisso; nem Alice achou tão estranho ouvir o Coelho murmurar para si mesmo, "Ai, meu Deus! Ai, meu Deus! Estou muito atrasado!" (quando pensou nisso, bem mais tarde, ocorreu-lhe que deveria ter estranhado; porém, naquele momento, tudo lhe pareceu perfeitamente natural). Mas quando o Coelho tirou um consolo anal do bolso do colete, deu uma olhada nele e acelerou o passo, Alice ergueu-se, porque lhe passou pela cabeça que nunca em sua vida tinha visto um coelho de colete e muito menos com consolo anal dentro do bolso.

Alice sabia que bastava recitar os poemas que estavam no livro para se vir livre, mas, "sem figuras nem diálogos?" tinha de aceitar a situação. A freira havia dito a ela que os poemas a libertariam. Ela gostaria de saber por que tinham de viver nuas.

Mais valia que nos limitássemos a assobiar, pensa a viúva das jovens ao refletir sobre os consolos. Abre-se aqui uma perspectiva de pensamentos muito prometedora, a qual vive a discrepância existente entre o comportamento humano fora daquelas sebes e o resto do universo como uma constante fonte de angústia da virtude, mas que importa agora e levar alento ao senhor Palomar. Se o homem investisse no assobio tudo aquilo que normalmente confia à palavra e se a xoxota modulasse no seu assobio todo o não dito da sua condição de ser natural, estaria dado o primeiro passo para preencher a distância entre... entre o quê e o quê? Natureza e virtude? Promessa e palavra? O senhor Palomar estava agora em suas mãos para adestrar às jovens para sua crica.

O senhor Palomar administra às aulas, pela manhã ensinando normalmente o conteúdo da civilização esperando sempre que o conhecimento contenha alguma coisa mais do que aquilo que a linguagem pode dizer. Mas se a linguagem fosse realmente o ponto de chegada para que tende tudo aquilo que existe? Ou se tudo aquilo que existe fosse linguagem, logo desde o início dos tempos? As jovens não entendem o senhor Palomar, que o obriga a ralharem com elas dando notas e deveres pouco agradáveis. A viúva da razão a Palomar falando que é preciso atenção em tudo.

Na hora do almoço todos nus sentam-se à mesa, a viúva adverte que as pernas devem estar sempre abertas para que se possam enfiar alimentos dos quais prova com gosto, conhecedora faz observações sobre cada uma delas sobre os olhares apoiadores do senhor Palomar sobre disciplina e dedicação. Senhor Palomar estava sentado de pernas abertas, na esquerda um pequeno livro e na direita seu caralho ereto masturbava lentamente, fazendo uma pausa aqui e ali para virar uma página.

Não é só a dedicação que é necessária, mas também a compreensão, o acordo com os nossos próprios meios e fins e pulsões com a xoxota, o que significa a possibilidade de exercer um domínio sobre as nossas próprias inclinações e ações, que as controle e dirija, mas que não as limite nem as sufoque mesmo quando passaram a usarem o consolo.

A enteada estava dormindo sob os raios da lua que pelo fino tecido de sua cortina. Dificilmente poderia ter como o sono de uma inocente, pois ela se contorcia, gemendo sensualmente ou soltando gritinhos de que bem ia imaginar a causa. A viúva suspeitou que seu sonho envolvia um tumoroso chamado consolo que, neste mesmo instante ia estar explodindo o sêmen indo bebe-lo.